Daily Archives: Setembro 15, 2009

>E eu não digo? São todos iguais… Há que fazer Limpeza!!!

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E os comentadores e analistas políticos!

A atitude dos comentadores políticos, comentadores políticos encartados, profissionais de serviço e ao serviço, sempre os mesmos e que circulam e saltitam dos jornais para as televisões, depois para as rádios, debitando pareceres ao serviço da manipulação, pede reservas.
São comentadores que avaliam debates, classificam políticos, muito independentes, subtis na orientação dos votos dos eleitores.

São Magnos e Delegados, Sousas e Tavares, são comentadores que reduzem e bipolarizam a campanha. Comentadores que reforçam a mentira como se no terreno só dois partidos estivessem, passando a ideia que só contam os presidentes dos dois maiores, desvalorizando o peso eleitoral dos mais pequenos, sabendo que os pequenos podem ser determinantes na correlação de forças que na Assembleia vai determinar políticas futuras.

São comentadores muito atentos às sondagens que se vendem e se compram em épocas eleitorais para influenciar e orientar votos, sondagens desacreditadas, como se viu nas últimas eleições para o Parlamento Europeu.
São comentadores que fazem apelo à discussão de assuntos, mas na mira de serem eles os únicos com palavra nas discussões, afunilando os assuntos ao seu gosto e tendências.

São comentadores atentos na denúncia das corporações que resistem às políticas dos governos, de professores, magistrados, enfermeiros, sindicalistas e outros. Comentadores que não conhecem, não vêem as corporações onde estão metidos, pois o mundo da informação é uma coitada de uns poucos que impedem colegas de fazer carreira, onde há trabalho vendido à peça, jornalistas submetidos aos interesses e tendências das redacções.

São comentadores que exigem discussão dos assuntos políticos, discussão feita por eles mesmos em roda fechada, citando-se e revendo-se nos seus comentários, e que quando políticos discutem entre políticos logo aparecem a comentar quem ganha e quem perde, como se de um jogo de boxe se tratasse, e assim reduzem a discussão ao tom de voz, ao olhar de soslaio, ao fato que se veste, a coisas de reduzido ou nulo interesse, intencionalmente esquecendo os conteúdos das afirmações, a convicção do discurso, a clareza das palavras, a coerência das intervenções.

Comentadores que se prendem com as banalidades, desvalorizando o substancial.
Neste momento da vida nacional e neste momento da vida mundial considero de estrema importância trazer à discussão os valores que regem as sociedades.

O excesso de liberalismo económico, de economia de mercado, o endeusamento do mercado, da competitividade, da flexibilidade no trabalho arrastou o mundo para as situações de crise que vivemos.
A crise veio da ganância sem medida, do lucro acumulado num pequeno punhado de senhores insaciáveis de dinheiro.

Não faltam produtos no mercado. O que falta é dinheiro nos bolsos dos compradores. A riqueza está mal distribuída, mas os governos, mesmo os eleitos por votos e se dizem democráticos, refugiam-se em tiques de prepotência, de arrogância, esquecendo os seus eleitores que foram no engodo das promessas.

Não faltam produtos nos mercados, mas os governos, na tentativa de sanar a crise, continuam a dar apoios aos grandes, esquecendo que a origem da crise está no poder de compra das famílias. O poder de compra é destruído pelas fábricas que fecham, pela contenção salarial, pelo trabalho precário e à peça.

Dizem-nos que a indústria automóvel está em crise, mas não é na produção. Os carros produzidos deixaram de ter comprador.

Assunto que devia merecer mais atenção nas campanhas eleitorais é o do liberalismo económico, para onde nos leva este liberalismo sem regras. Esta globalização dos mercados sem globalização de direitos.

O ritmo de trabalho e direitos ao nível da China, a colonização mundial dos direitos vinda da China, feita sem exércitos invasores, geraram a crise.

É preciso avaliar a competência dos comentadores de serviço.

Manuel Miranda – Coimbra

>ATÉ QUANDO TEMOS QUE ATURAR ISTO????

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A justiça vai óptima e o caso TVI nunca existiu
Por João Miguel Tavares

Um marciano que tivesse aterrado em Portugal para assistir à maratona de debates sobre as legislativas teria chegado à conclusão de que o país está uma lástima, excepto em duas áreas: a justiça e a liberdade de expressão, onde tudo corre tão bem que em dez debates e quase oito horas de conversa não houve quem se atrevesse a discutir o assunto durante mais de 30 segundos. Muita economia. Muitas obras públicas. Muita segurança social. Muita educação. Muita crise.

Mas justiça e liberdade de expressão? Nicles. Mesmo no alegado frente-a-frente do ano cumpriu-se escrupulosamente essa espécie de Bloco Central do silêncio, que consiste basicamente nisto: tu não mostras a sujidade que está debaixo do meu tapete e eu não mostro a sujidade que está debaixo do teu.

O sempre tão lesto, incisivo e mortífero José Sócrates não se atreveu – mais uma vez – sequer a tocar no nome de António Preto no debate com Manuela Ferreira Leite. O caso BPN – provavelmente o maior escândalo da legislatura – não foi referido uma única vez. E Ferreira Leite, por seu lado, nunca falou do Freeport ou de qualquer outro tema que tenha cozido Sócrates em lume brando nos últimos anos.

Mesmo à famosa asfixia democrática não sobrou fôlego para se fazer ouvir durante o debate. O caso Manuela Moura Guedes foi há dez dias mas parece que já foi há dez anos. Como explicar isto? Há uma maneira bonita, que é dizer que estes senhores se respeitam muito, não se intrometem em investigações, não levantam suspeitas difíceis de provar, cultivam a elevação nos debates. E há uma maneira feia, que é achar que há um núcleo de silêncio em redor de temas fundamentais, onde convém deixar o povo à porta.

Mas, de facto, quando eu tenho o caso Freeport e tu tens o caso BPN, quando eu tenho o caso Manuela e tu tens o caso Marcelo, quando eu tenho o caso Fátima e tu tens o caso Isaltino, torna-se complicado andar a atirar certo tipo de pedras para o telhado do vizinho.

E por isso, os dois pilares do regime democrático que mais têm sido postos em causa durante o consolado de Sócrates – os poderes judicial e mediático – têm-se mantido de fora do debate, exceptuando dois ou três esgares de indignação para inglês ver.

Eu não duvido que o país ande muito endividado, que o emprego esteja alto, que a crise seja dura e que o TGV mereça uma discussão séria. Mas quando vemos uma justiça completamente desacreditada e uma comunicação social cada vez mais amordaçada, não faz qualquer sentido que questões tão estruturantes quanto estas nem sequer entrem na agenda eleitoral.

Deixar tais temas de fora da campanha e debater apenas a economia é como ter um automóvel com o motor gripado e andar a discutir a mudança dos pneus.

Eis um comentário de um Amigo:

“O artigo que vos envio acerta nos vinte!
É claro que enquanto esta geração de “ políticos” não sair das cadeiras do poder, Portugal não recupera em credibilidade e deixa de ser uma República das Bananas!
Como é possível votar em gentinha completamente desacreditada e cheia de telhados de vidro?!
E como eles defendem os seus tachos, continuando a impedir que Associações Cívicas possam competir com os partidos, essas organizações podres que vão levando o pobre País á sua destruição!”
José Morais Silva

>O mais jovem cirurgião do mundo

>http://docs.google.com/present/embed?id=dsq996h_11409ft3qs4df
Recebido por e-mail do amigo Chartier a quem agradeço.
Transcrição do blogue Saúde e Alimentação